Dores na coluna, nos pés, cansaço excessivo, problemas na circulação, tendinites são sintomas que atingem muitos brasileiros e em várias fases da vida. A resposta para estes problemas podem estar na maneira que as pessoas se posicionam em suas atividades do dia-a-dia, os chamados vícios posturais.
“A postura deve ser uma preocupação diária e começar desde cedo. Hoje as crianças e adolescentes, por exemplo, têm muita intimidade com os celulares e tablet e ao manuseá-los ficam deitados com o pescoço dobrado ou de barriga para baixo, com o pescoço esticado prejudicando a coluna. Esse comportamento pode gerar dores e alterações na coluna, por isso os pais devem colocá-las sentadas com as costas apoiadas num encosto”, explica o médico ortopedista, membro da diretoria da Sociedade Brasileira de Ortopedia Pediátrica, Miguel Akkari.
Ainda sobre as crianças, o ortopedista faz outro alerta em relação às atividades que exigem muita força física e o peso das mochilas: “Os responsáveis pela criança devem observar a postura dela durante as atividades, não deixá-las carregarem a mochila apenas em um dos ombros e incentivar sempre a prática de exercícios físicos, mas sem excessos”.
Já os adultos também devem ter alguns cuidados. O hábito deve começar já na hora de entrar no carro ou no ônibus. “Quando estiver no carro, recue o bumbum até ele encostar no banco, para a coluna ficar reta; ajuste o encosto posicionando-o mais alto ou na mesma altura da cabeça, mantenha as pernas em uma distância considerável dos pedais deixando os joelhos sempre dobrados e arrume o cinto de modo que fique apoiado no ombro. No caso do ônibus, o passageiro deve segurar a barra na altura do ombro”, aconselha o ortopedista.
No trabalho, quem fica muito tempo sentado, se não estiver numa posição correta, está sujeito a dores e vícios posturais adaptativos como cifose toraxica, anteriorização cervical, ou outras alterações das curvas normais da coluna. “O profissional deve manter a coluna levemente inclinada, os braços apoiados na mesa e as pernas em um ângulo de 90 graus. A prática de exercícios também ajuda”, finaliza o médico.
Dr. Jorge Schreiner. Clínica e Cirurgia da Coluna Protrauma (51) 3325.2121
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